sábado, 20 de agosto de 2011

"Há textos que me olham de frente"

"Vigiar é colocar-se na disponibilidade para a surpresa, para aquilo que vem, tendo consciência que o fundamental da vida não é o que adquirimos, o que fizemos, o que de alguma maneira dominámos, mas sim a incessante prática da hospitalidade. 

Toda a música que ouvimos, nos preparou, no fundo, para o ato da escuta. 

Todos os textos que estudamos, toda a poesia que lemos nos prepararam melhor para o ato da leitura. 

Toda a relação em que investimos, todo o afeto que partilhámos, todo o amor com que amámos, preparam-nos para o ato simples de amar. 

A vigilância é isso. 

Não está no apego ao mapa, mas no amor pela viagem. Temos mesmo de deixar a zona de conforto dos mapas para nos tornarmos viajantes, enamorados, vigilantes, sentinelas. Dir-se-ia que a vida nos pede uma escuta que atravesse o tempo, que perfure os séculos, que transcenda a paisagem, sintonizando com aquilo que verdadeiramente temos diante de nós. 

E, por isso, temo-nos de perguntar muitas vezes, pela vida fora: Qual é a nossa fronteira? O que é que nos olha de frente? O que trazemos diante de nós?

José Tolentino Mendonça

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Cuidas de mim, eu cuido de ti também"

Esta coisa das relações é complicada.
É-me complicada.
Vá lá!Admite! É-te complicada.

Cada um à sua maneira faz as suas opções.

Desde os que se casam e descobrem que queriam estar sozinhos
aos que vivem sozinhos porque descobriram que andar de saltimbanco não os preenchia.
Depois há ainda os que dizem que nunca se vão apaixonar, porque não têm tempo ou disponibilidade
(até ao dia em que acontece...)
e os que se apaixonam a toda a hora e tentam com os sinais que pensam que vêem, encontrar a sua história "felizes para sempre".

A minha começa com letras que nem conhecia e foi preciso que fizesses um ponto de exclamação para eu parar de espanto e para ti olhar.
Os meus olhos começaram com reticências, mas eu sabia que apenas respondiam à tua pontuação.

Como se dissessem... Há mais para dizer... Há mais para ouvir...

Gostei quando disseste "Não há heróis, não há príncipes encantados".
(Agora adivinhas os meus balões de pensamento é?)
Gostei quando o disseste e terminaste com um ponto final de obrigatória pausa.

Agora fazemos parágrafo e tu dizes que vamos iniciar um novo assunto.
Não sei se hei-de iniciar a frase com travessão para falar ou  se espero para te ouvir.

Não sei. Não sei se quero falar, se ouvir.

Não sei se quero ouvir contar uma história com um "felizes para sempre".
Mas acho que já descobrimos que queremos algures escrever "e viveram felizes"...

Consegues ver estas reticências nos nossos olhos?
Sei que sim quando me respondes: - Vamos lá construir a nossa história.



"Se cuidas de mim,
Eu cuido de ti também."
É por isto que digo que isto das relações é-me complicado...
Não devia haver a premissa SE no inicio, estou certa?

Gosto apenas do "cuidas de mim, eu cuido de ti também".






quarta-feira, 3 de agosto de 2011




Há pessoas assim... Como as estrelas cadentes... Há vezes em que nem temos tempo para olhar para elas com o tempo necessário para as ver..
Sempre me perguntei o que leva alguém a chegar ao estado desta rapariga. Sempre me questionei...

E sinceramente acho que apesar de tudo o que se viu, ainda havia muito mais para ver, mas de bom.
Aqui deixo um pedacinho.

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