“Chegado ao hospital, pensei ter-me enganado no quarto.
Em todos aqueles anos de contacto com Noah nunca o vira de olhos postos num televisor. Apesar de ter um aparelho em casa, este servira principalmente para os filhos enquanto eles foram pequenos e na altura em que conheci a família já era ligado muito poucas vezes.
Em vez disso, a maioria dos serões era passada no alpendre, onde se contavam histórias. Em certas alturas, a família cantava enquanto Noah tocava guitarra, mas havia dias em que as pessoas se limitavam a conversar, tendo como música de fundo o canto dos grilos e das cigarras. O mesmo que a família fazia na sala de estar durante as noites mais frias, depois de Noah ter acendido a lareira. Também havia serões em que cada um se limitava a enroscar-se nos sofás ou nas cadeiras de balouço e ficava a ler. O único ruído que se ouviria, durante horas, era o de folhear as páginas dos livros, o que permitia a cada um evadir-se para um mundo diferente, mesmo que nas proximidades dos mundos dos outros.
Era um regresso a outra era, a um tempo em que os valores da família estavam acima de tudo, e eu adorava participar naqueles serões.”
In “Alquimia do amor” – Nicholas Sparks
Fizeram-me falta serões assim...
Fazem-nos falta serões assim... :)
2 comentários:
e claro que tinha que haver um livro de Nicholas Sparks :D
Sem dúvida que serões destes fazem falta a muita gente ;)
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