E senti o relógio
despertar. Senti o tempo que esteve parado. Já vi horas, minutos e segundos e
continuo no vácuo do tempo, às voltas com estes círculos que não se finalizam. Que
são apenas círculos intermináveis e sem propósito que se veja.
Deste uma volta e
reencontraste o meu ponteiro. E sinto que apenas te posso dizer para
continuares a rodar, porque já não vivo no teu compasso. Percebo agora que
vivemos o tempo com passos diferentes. Talvez sejamos de relógios diferentes e
por um acaso de sorte ou azar, por engano do homem do tempo acabámos no mesmo cont(r)a-tempo
Defino bem os meus
objectivos e este é um claro para mim, sentir o tempo que passa e perceber quem
comigo bate o mesmo compasso.
Acredito que o passado
também faz parte do tempo, mas é o futuro que os relógios teimam contar. E é esse,
em cada segundo que passa que quero construir com a luz que posso ver no
escuro, que irradia de ponteiros fluorescentes. Aqueles que trazem luz. Estou cansada
de relógios às escuras. Estou mesmo. E por isso, prefiro sair. Nem que isso
faça parar o relógio. E esperar que por engano de sorte me encontre num relógio
afinado a bater compassos afinados com ponteiros coordenados pelos mesmos
valores de tempo e de futuro.
Já chega de segundos fora de minutos e de minutos dentro de horas que nada lhes acrescentam. E só para que se saiba... Senhor do tempo, já chega de andar às voltas! Pode ser?
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