domingo, 14 de outubro de 2018

Sentados lado a lado

Há uns anos atrás, alguém que me trouxe muita luz. Que me ajudou a ver-me, perguntava-me como é que me imaginava quando encontrasse de  novo alguém que fosse especial.

Da primeira vez, não consegui ver nada. Não consegui sonhar nada.
E depois a custo, saindo das amarras do medo e das mágoas não resolvidas, lá consegui ver e sentir.

Consegui sentir a paz que ambos partilhariamos. A imagem que vi foi que estariamos lado a lado. Em paz, sentados e sem ansiedades, sem necessidades de promessas de grandes futuros. Porque estariamos bem só assim.

E engraçado,  no dia em que aconteceu, não percebi.
Nem liguei peças. E agora olho para trás e sorrio e lembro-me da marina e das gargalhadas e da tua vontade de dançar.
E vejo que afinal acabei mesmo por tropeçar em ti.
Não acredito que seja para ficar.
Mas acredito que finalmente, sem querer a porta se abriu.
E a luz voltou a entrar. E agora é o momento para seguir em frente.

Sem mais medos e culpas do passado. Porque acabou.
E agora? Agora não há desculpas.

Agora permanece a esperança.  Agora acredito de novo.
Que as pessoas especiais existem e também me encontram e veêm realmente como sou, sem necessidade de construções.
E que nos podemos mutuamente iluminar.

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