“- ... Eu diria que uma coisa é boa quando gosto dela, quando faz com que me sinta bem ou me dá um sentimento de segurança. Por outro lado, diria que uma coisa é má se me causa dor ou sacrifica algo que eu quero.
- Então é bastante subjectivo?
- Acho que sim.
- E até que ponto confias na tua capacidade de discernir o que realmente é bom e o que é mau para ti?
...
- ... és tu quem determina o que é bom e o que é mau. Tornas-te o juiz. E para tornar as coisas ainda mais confusas, aquilo que defines como bom acaba por se alterar com o tempo e consoante as circunstâncias. E, para tornar as coisas piores, há biliões de seres humanos, cada qual determinando o que é bom e o que é mau. Assim, quando o teu bom e o teu mau colidem com os do teu vizinho, desencadeiam-se brigas, discussões e até guerras.
(...)
- Tens de abdicar do teu direito de decidir o que é bom e mau e escolher viver apenas em mim (Deus). É um osso duro de roer. Para isso, tens de me conhecer o suficiente, ao ponto de confiares em mim e aprenderes a entregar-te à minha bondade.”
“- ... Tenho estado a falar contigo há muito tempo, mas hoje foi a primeira vez que conseguiste ouvir; no entanto, não penses que as outras ocasiões foram um desperdicio. Como pequenas fendas numa parede, uma de cada vez, mas entrelaçadas, elas prepararam-te para hoje. É preciso algum tempo para preparar o solo, se quisermos que ele acolha a semente.
- Não sei porque resistimos a isso, por que resistimos tanto a Ti. Agora, parece uma estupidez.
- Tudo tem a ver com um momento de graciosidade, Mack. Se o Universo só tivesse um ser humano, a noção de tempo seria bastante simples. Mas basta acrescentarmos apenas mais um e... bem, já conhces a história. Cada escolha cria repercussões ao longo do tempo e dos relacionamentos, afastando-se de outras escolhas. E, a partir do que parece ser uma enorme confusão, Papá tece um tapete magnífico. Só Papá pode resolver isto tudo; e fá-lo com graciosidade.”
em "A cabana"
De WM. PAUL YOUNG
Deixou-me a pensar. E muito!...