"Há gente que espera de olhar vazio
na chuva, no frio, encostada ao mundo
a quem nada espanta
nenhum gesto
nem raiva ou protesto
nem que o sol se vá perdendo lá ao fundo
Há restos de amor e de solidão
na pele, no chão, na rua inquieta
os dias são iguais já sem saudade
nem vontade
aprendendo a não querer mais do que o que resta
e a sonhar de olhos abertos
na paragens, nos desertos
a esperar de olhos fechados
sem imagens de outros lados
a sonhar de olhos abertos
sem viagens e regressos
a esperar de olhos fechados
outro dia lado a lado
na chuva, no frio, encostada ao mundo
a quem nada espanta
nenhum gesto
nem raiva ou protesto
nem que o sol se vá perdendo lá ao fundo
Há restos de amor e de solidão
na pele, no chão, na rua inquieta
os dias são iguais já sem saudade
nem vontade
aprendendo a não querer mais do que o que resta
e a sonhar de olhos abertos
na paragens, nos desertos
a esperar de olhos fechados
sem imagens de outros lados
a sonhar de olhos abertos
sem viagens e regressos
a esperar de olhos fechados
outro dia lado a lado
Há gente nas ruas que adormece
que se esquece enquanto a noite vem
que se esquece enquanto a noite vem
Há gente que aprendeu que nada urge
nada surge
porque os dias são viagens de ninguém"
nada surge
porque os dias são viagens de ninguém"
Mafalda Veiga
Dizem que um texto justificado à direita reduz a velocidade da leitura...
Pois bem, hoje apeteceu-me diminuir a minha velocidade e a tua,
para que com calma possamos ler a realidade que nos rodeia.
E assim possamos ver e rezar (por) aqueles que deixaram de sonhar...
Este ano não sinto o Natal, nem me lembro das prendas e sou sincera que acho que não vivi a espera...
Talvez por isso, me tenha lembrado tanto daqueles que também muitas vezes não o sentem...
Este ano não sinto o Natal, nem me lembro das prendas e sou sincera que acho que não vivi a espera...
Talvez por isso, me tenha lembrado tanto daqueles que também muitas vezes não o sentem...
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