
Voltas e voltas ao relógio até que os nossos ponteiros se cruzassem.
Marcava uma hora bem diferente daquela que consigo agora ler no relógio.
Foi apenas um minuto que durou... O da hora certa!
Mas logo fomos avisados que a hora iria mudar em breve e com a pressa de nos atrasarmos...
Adiantámo-nos!
Tanto... Que nos desencontrámos!
A partir daí,
eu marcava as horas para te encontrar e
tu os minutos para te despedires.
Acho que apenas nos resta um segundo.
Aquele que chega antes do fim da minha hora e do início do teu minuto.
Embora fugaz faz diferença!
Engraçado como o relógio não pára e como estes segundos se sucedem...
Mas...
Começo a sentir que o relógio está a ficar sem pilhas,
pois pressinto o meu ponteiro a andar cada vez mais devagar.
E com isso... As horas demoram mais a passar
E com o tempo...
O meu ponteiro parará numa hora qualquer, assim como o teu num qualquer outro minuto.
Mas gosto de pensar que assim deixarei de marcar horas para te encontrar,
pois tu deixaste de marcar minutos para te despedires.
E de repente, não ouves as badaladas?
É meia-noite...
A hora certa!