"Porreiro! Nada como não ser capaz de ver para onde se vai! Mas não é assim a maior parte da vida? Ano após ano ela leva-nos para moradas onde nunca estivemos, sem mapa nem manual de instruções.
Dizemos para nós próprios: Mas eu nunca fui um adolescente antes! Nunca me casei ou divorciei antes, nunca fui um padre ou papa antes! Nunca fui velho, reformado ou fiquei sozinho! Nunca tive um ataque cardíaco antes! E assim por diante. Tudo isto é novo, tudo isto é verdade. E de alguma maneira sabemos que nunca poderemos voltar aonde estivemos antes.
Em cada etapa da vida, uma porta que nos é familiar fecha-se e outra abre-se; e diante dela um novo cenário cujos contornos dificilmente conseguimos enxergar, com novas tarefas que apenas podemos entrever.
Seremos felizes para lá dos umbrais dessa porta?
Seremos bem sucedidos e conseguiremos cumprir as nossas tarefas?
Estaremos preparados quando a próxima porta se abrir? Talvez.
Ou será que passaremos os nossos dias sonhando regressar aos quartos que deixámos, quartos cujas portas estão fechadas para sempre? Talvez – e que desperdício se assim for.
Tudo depende de quem está connosco quando a porta se abre. Se estivermos sozinhos, mais uma porta será demasiado, e nós simplesmente não resistiremos. Mas se tivermos agarrado a mão de Deus e tivermos o hábito de caminhar com Ele ao nosso lado, uma nova porta não nos vai meter medo. Pelo contrário, ela significará a promessa de algo mais, algo que precisamos para completar a nossa peregrinação e completarmos o nosso caminho para casa.
Se agarramos firmemente na mão de Deus, entraremos nesses novos espaços com confiança, ainda que eles sejam escuros. "
Mons. Dennis Clark
In Catholic Exchange
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