Um fim de semana de memórias...
Começa com um excerto que me traz tantas lembranças... Tantas saudades!
“A conversa após jantar falava da gente que vivia ali, dos missionários das outras missões e do trabalho ainda por fazer... (...)
Na estação seca chove todos os dias, não há estradas de asfalto neste lugar, a vegetação é luxuriante, tropical, uma temperatura sempre a rondar os 30 graus e muito húmido, as crianças quando ouvem os carros, correm junto das picadas a gritar. (...) a sorrir e a dizer adeus (...)
O luar ilumina o pátio da missão onde os pirilampos pirilampam como faróis de costa a indicar abrigos, portos à deriva é o que são, intermitentes sinais, códigos genéticos perdidos netse lugar com sentido que nos fazem questionar a Vida de uns e de outros.”
Do livro “Câmara de Reflexão – uma imagem, mil palavras”
Saboreei este fim de semana uma importante, senão das mais importantes lições de vida, senti-a!
“Diante do sofrimento humano, na maior parte dos casos, as palavras são sempre demais. Aproximarmo-nos do sofrimento, o nosso e dos outros, implica fazê-lo em silêncio, com um coração humilde, um coração de irmão. O sofrimento humano é “um terreno no qual devemos caminhar descalços” e diante do qual não podemos virar a cara ou simplesmente fechar o coração.”
De “Cartas p’ra Missão” – Grupo missionário JP2
Aqui bem perto, mais perto até do que julgava (como muitas vezes acabamos por perceber) descalcei-me e encontrei este silêncio, fiz parte deste silêncio. Um silêncio que não se cala, mas que escuta e vê.
Um silêncio que partilha esses olhos em que as lágrimas não se escondem, nem as lembranças que se preferiam esquecidas.
Um silêncio que muitas vezes acompanha a escuridão.
Mas nem sempre é preciso ver, para saber que estás ai...
2 comentários:
Aquele lugar... Aquelas pessoas... Aquela criança que sonhava ser cantor e que sabia o nº do orelhão...
A missão é viver de tudo um pouco e nunca mais se esquece......
A missão é td isso, Mesmo que sofrida e sem valorização da maioria, ela é necessária e a recompensa nunca foi, não é e nem será material.
Ter o sorriso de uma criança vale mais que um rio de dinheiro.
Abraço!
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