"O silêncio é um instrumento da amizade. Ao que parece,durantes anos, o compositor Jonh Cage sondou a possibilidade de uma obra sem sons, mas impedia-o duas coisas: a dúvida, se uma tarefa assim não estaria, desde logo, votada ao fracasso, porque tudo é som; e a convicção de que uma composição tal seria incompreensível no espaço mental da cultura do Ocidente.(...) em agosto de 1952, estreia a sua peça 4'33". A proposta (...) era completamente insólita: os músicos deviam subir ao palco, saudar o público, sentar-se ao instrumento e permanecer, em silêncio, por quatro minutos e trinta e três segundos, até que, de novo, se levantassem, agradecessem à plateia e saíssem."
em "Nenhum caminho será longo" de José Tolentino Mendonça
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