quinta-feira, 17 de abril de 2014


E senti o relógio despertar. Senti o tempo que esteve parado. Já vi horas, minutos e segundos e continuo no vácuo do tempo, às voltas com estes círculos que não se finalizam. Que são apenas círculos intermináveis e sem propósito que se veja.

Deste uma volta e reencontraste o meu ponteiro. E sinto que apenas te posso dizer para continuares a rodar, porque já não vivo no teu compasso. Percebo agora que vivemos o tempo com passos diferentes. Talvez sejamos de relógios diferentes e por um acaso de sorte ou azar, por engano do homem do tempo acabámos no mesmo cont(r)a-tempo

Defino bem os meus objectivos e este é um claro para mim, sentir o tempo que passa e perceber quem comigo bate o mesmo compasso.


Acredito que o passado também faz parte do tempo, mas é o futuro que os relógios teimam contar. E é esse, em cada segundo que passa que quero construir com a luz que posso ver no escuro, que irradia de ponteiros fluorescentes. Aqueles que trazem luz. Estou cansada de relógios às escuras. Estou mesmo. E por isso, prefiro sair. Nem que isso faça parar o relógio. E esperar que por engano de sorte me encontre num relógio afinado a bater compassos afinados com ponteiros coordenados pelos mesmos valores de tempo e de futuro.


Já chega de segundos fora de minutos e de minutos dentro de horas que nada lhes acrescentam. E só para que se saiba... Senhor do tempo, já chega de andar às voltas! Pode ser?


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