domingo, 4 de outubro de 2015



Dar corda a uma caixa de música.

Voltas e voltas até que soa a primeira nota. Muito suave. Muito doce. Numa ópera monumental...


La valse d'Amélie entoa então na ópera de Paris.


O simples e o sofisticado. O humilde  e o onoroso. Que se entrelaçam em som.
No fim há sorrisos de quem percebe o momento,

O vermelho vai deixando o seu rasto na cidade (como nos quadros que vi à beira do Sena).

Também os perfumes se perdem no meio da correria.

E onde outrora se ouvia "o murmurar dos vestidos amarrotados", ouve-se agora o burburinho dos turistas misturado com flashes e ipods.

Ser contemporâneo também é construir a história que um dia será contada a alguém para contar os nossos tempos. As vidas que vivemos. Como as vivemos.
E no fim poderão dizer que em alguns aeroportos para celebrar um qualquer dia ligado ao piano foram deixados pianos à disposição de quem lhes quisesse dar vida. Para que se embale as partidas e as chegadas.

Dirão ainda que surgiu uma nova forma de escrever. Como esta que utilizo. Por meio de teclas em vez dos antigos lápis e caneta.

Estes são os tempos que se vão acrescentando à história. Um dia alguém a há-de recontar e repisar estes passos. Percebendo que o aqui e agora pode ser tão relativo. E que os mesmo sitios, as mesmas coisas podem ser vividas e tocadas de maneira tão diferente. Gosto de imaginar que os que a viveram nos vêem a revivê-la e sorriem.



Guardo a música do carrossel que roda e o piscar da torre Eiffel.


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