sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Arquitectura de interiores


Arquitectura de interiores

Por vezes, imaginamos 200 vezes! O que dizer a quem queremos seduzir, numa circunstância especial. Repetimo-lo até à exaustão; se possível, ao espelho… para vermos as boas figuras de que somos capazes. Chegada à altura de mostrar o que valemos, inspiramos e, ao repetirmos uma vez mais a fórmula “certa”, surpreende-nos sermos capazes de dizer algo brilhante do género: “E nós não nos conhecemos já de algum lado?”
As pessoas são os arquitectos das nossas emoções. Criam espaços com luz onde o nosso olhar se expande e onde crescemos. Há cores que o tempo torna pálidas. Os “tons” pastel representam relações sem paixão, que nos surpreendem junto a quem se transformou de um grande amor… num bom amigo.
Algumas pessoas que “nos” arquitectam levam-nos a entender que, depois de alguém entrar na nossa vida, não sai… mesmo com “ordem de despejo”.
De forma contrária, aquilo que se espera de quem entra de novo em nós, é que recrie a luz e que repense os espaços. Que seja um arquitecto que, de relações em ruínas crie jardins privado e que nos sensibilize para pensar, mesmo quando as emoções que nos gera nos levem ao sobressalto – brilhante! – de dizer… “e nós, não nos conhecemos já de algum lugar”.   Eduardo Sá in "Crianças para sempre"

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