segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sou uma pessoa normal, não estou no facebook!



Até eu já tive o meu hi5, tinha que aderir à moda! :P Mas a determinada altura comecei a perceber… que não percebia para que é que servia o hi5 e as redes sociais…

Quanto ao blog, acho completamente diferente. No entanto, também depende de quem o escreve e com que objectivo… Mas tenho a confessar que já descobri blogs simplesmente deliciosos, divinais. Acho mesmo que se virassem um livro de crónicas eu os compraria. Porque me dá vontade de os guardar… para os reler sempre que quiser e sobretudo onde quiser… O que com o formato electrónico se torna por vezes difícil.

Assim, aqui fica algo em que pensar, ou algo em que eu pensei. :)

“A Anabela sou eu e não tenho amigos no Facebook. --- A primeira razão porque respondo orgulhosamente que não estou no Facebook é porque me repugna o uso abusivo da palavra amigo.

No Facebook, todos parecem muito encontrados. E felizes. De uma felicidade esfuziante ou de uma felicidade melancólica. Mas dourados pelo Sol – que é um modo de dizer: bonitos, jovens; em vez de ricos, são, ou aparentam ser, confiantes. Mas quem diz facebook, diz hi5, etc…

Vamos começar do princípio. Faz de conta que eu estou no Livro das Caras (que é como, em dias normais, chamo ao Facebook). Quem vê a minha cara, vê o meu coração? Sabe realmente quem sou? O que penso? As minhas contradições e fragilidades?
Alguém usa o Facebook para desabafar sentimentos do tipo: “Hoje estou com uma neura mortal”?; “O meu problema é que estou sem cheta para pagar o IVA”? Estas minudências partilham-se nas redes sociais? Para que servem as redes sociais? Para fazer amigos? Para partilhar os nossos dias? Partilham-se fotografias das férias, listas de preferências, amigos em comum; e, verdadeiramente, não se partilha nada importante.

Mas… talvez eu possa vencer as minhas reservas e entrar. Hesito… Talvez devesse considerar entrar. É inegável que profissionalmente traria vantagens.


AMIGOS ÀS PAZADAS!
Afinal, o que é que tenho contra o Facebook? As minhas razões são as da minha amiga Margarida: “Não estou no Facebook porque não me interesso por relações pessoais estabelecidas virtualmente. Acho que estas redes são usadas como demonstrações de sucesso social e podem ser absolutamente falsas! São o ambiente propício à criação de personagens que podem estar tão longe da realidade como a Terra de Plutão!”
É o espaço adequado para amontoar amigos. Quantos mais amigos, mais fixe se é ! – deve ser o que quer dizer ter centenas, milhares de amigos.
Uns milhares de amigos mais tarde, eu estava face a face com uma pessoa que detesto!

Os meus amigos estão ao meu lado no restaurante, no supermercado, no cinema, na galeria, no metro. Não precisam de deixar comentários no meu ‘perfil’ para eu saber que somos amigos.”




No entanto, ao ver os números parece que a maioria das pessoas não pensa exactamente assim… E que caminhamos precisamente para esta nova realidade:






Porém acho que já percebi o porquê desta nova tendência…





Lindamente explicado no livro “No teu deserto” de Miguel Sousa Tavares



“A razão principal é … todos têm terror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, mails e contactos no facebook e nas redes sociais da Net, onde se oferecem como amigos a quem nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contactam-se, para não perder tempo; em vez de se descobrirem, expõem-se logo por inteiro: fotografias, a biografia das suas vidas, com amores antigos e actuais. E por isso é que vivem esta estranha vida: porque, muito embora julguem poder ter o mundo aos pés, não aguentam nem um dia de solidão. Eis porque já não há ninguém para atravessar o deserto..”



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