sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O passado que não restauramos em nós.


 Rumo a um novo sol.




Penso muito enquanto conduzo.
Revejo muito o que sinto na estrada.

Na estrada em que passo todos os dias quando vou trabalhar há agora a construção de uma nova estrada. Uma nova ponte...

Podemos fazer simbologia com tudo o que quisermos. Mas não sei, gosto de sentir que se constroem novas pontes em mim. Acredito que não se restauram passados por mais que os queiramos bem, mas acredito que há partes em cada um de nós que perdemos entretanto entre esse passado e este presente que podem ser restauradas. Criando pontes entre aquilo que fomos e aquilo que somos no agora, neste presente que nos leva ao nosso futuro. Mas que embala este passado que passou em nós.

E surgem histórias em mim.


O telefone que não mais tocou.
A pura consumação do vazio que te encontrei no olhar e que percebi que o meu espelhava também.

Cometemos tantos erros num simples pestanejar. Não sei remediar isso. Mas não sou boa a aceitar derrotas. No entanto, esta aceito como quase inevitável ou pelo menos previsível.

Onde anda esse querer bem sem egoísmos que sei que existe. Não o encontro em mim ainda.

Mas continuo a acreditar que existem mãos que se dão como laços de lealdade, suaves como a ternura de quem quer cuidar.

E há no fim de tudo, na base de tudo, um silêncio que sabemos deixar por contar.



Espero para contemplar esse azul.



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