Pierre...
De brilho de miúdo nos olhos,
Óculos de quem muito viu,
Olhar de quem sabe que somos todos apenas pequenos grãos neste grande mundo.
Sorriso simples,
Gargalhada envergonhada e surpresa, em resposta ao meu olhar sincero e demasiado transparente para esconder o brilho que me fazias irradiar.
De bicicleta orgulhosa, com todos as vantagens que me fazias acreditar que tinha. E eu a dizer-te que apenas de carro andava.
Ouvir-te ler em francês perfeito. Como se me contasses histórias.
Ouvir-te dizer o português que sabias. Assim como eu tentava dizer-te o francês que pouco sei.
Falar de arte e Le Corbusier.
Contares-me qual a tua cidade natal e eu saber que havia um filme de cinema sobre ela. Sorrimos.
Percebermos a sintonia e perdermo-nos em olhares que racionalmente tentámos sempre contrariar. Porque nem sempre é o momento.
Procurar a tua bicicleta e saber que a sua ausência, significava a tua ausência.
Saber que somos rasgos de eternidade nos nossos passos finitos.
Sorrindo digo-te Pierre:
À demain! :)
sábado, 18 de março de 2017
Convite para afastar a solidão
Muitas vezes sinto que apenas existem convites para afastar a solidão.
Amizades que apenas existem de forma utilitária... Que dependem do nosso estatuto social, dos nossos conhecimentos, das nossas possibilidades...
Quando tudo está bem vivemos demasiado bem nas nossas vidinhas, alienados de tudo o resto, de todos os outros que nos querem bem e que nesse momento passam a ser restos distantes de uma vida que passou.
Quando tudo corre mal, passam a ser a tábua de salvação em mar alto, como se sempre estivéssemos lá, para partilhar tudo.
Lia hoje num artigo a diferença entre amor e utilidade.
Transferi o paralelismo para a amizade.
"É interessante você saber fazer as coisas, mas acredito que a utilidade é um território muito perigoso porque, muitas vezes, a gente acha que o outro gosta da gente, mas não. Ele está interessado naquilo que a gente faz por ele. E é por isso que a velhice é esse tempo em que passa a utilidade e aí fica só o seu significado como pessoa. Eu acho que é um momento que a gente purifica, né? É o momento em que a gente vai ter a oportunidade de saber quem nos ama de verdade.
Porque só nos ama, só vai ficar até o fim, aquele que, depois da nossa utilidade, descobrir o nosso significado. Por isso eu sempre peço a Deus para poder envelhecer ao lado das pessoas que me amem. Aquelas pessoas que possam me proporcionar a tranquilidade de ser inútil, mas ao mesmo tempo, sem perder o valor."
Padre Fábio de Melo
Quero por perto aqueles que percebem o meu significado, que se preocupam em me ler, mesmo quando nada digo (escrevo).
Quero por perto aqueles que não me deixam para última prioridade (oportunidade).
Quero por perto a verdade de estar presente e o interesse da partilha.
Quero por perto os passos que vejo ao meu lado, sem nada ter que dar em troca, apenas a minha partilha silenciosa, sem conveniência.
Amizade, é isto...
Amor, é isto...
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
sábado, 17 de dezembro de 2016
Brilhos...
Brilhos... Nos meus olhos...
Partilhados nos teus olhos...
Vejo o que escondes de forma límpida. Encontrei e não temos medo!
Oiço ainda as gargalhadas, os saltos de felicidade, a música partilhada entre auscultadores.
Depois? A confusão. Os malentendidos. As dúvidas e o controlo. Esse fantasma que teima em surgir.
Desfazem-se os brilhos. Apagam-se as luzes. Porque amanhã é um novo dia para um coração decidido.
Estes brilhos continuam a aparecer, de quando em vez quando estamos distraídos demais para sermos envergonhados. E no fim és tu, apenas como és. E eu apenas como sou.
Olhamo-nos de longe e sabemos que gostamos do brilho um do outro. E isto basta.
Um brilho e um até já.
Ou até sempre.
Estas histórias que gosto de viver e guardar. E saber que em mim foram puras. Acredito que estas histórias nos purificam de alguma forma, fazem-nos descansar deste mundo em correria e de competição. Que se repitam com mais pessoas e mais lugares. Mas sempre de forma simples. Sem confusões que as encham de pó.
À coragem de assim viver! (que este seja um brinde do ano novo que aí vem)
Partilhados nos teus olhos...
Vejo o que escondes de forma límpida. Encontrei e não temos medo!
Oiço ainda as gargalhadas, os saltos de felicidade, a música partilhada entre auscultadores.
Depois? A confusão. Os malentendidos. As dúvidas e o controlo. Esse fantasma que teima em surgir.
Desfazem-se os brilhos. Apagam-se as luzes. Porque amanhã é um novo dia para um coração decidido.
Estes brilhos continuam a aparecer, de quando em vez quando estamos distraídos demais para sermos envergonhados. E no fim és tu, apenas como és. E eu apenas como sou.
Olhamo-nos de longe e sabemos que gostamos do brilho um do outro. E isto basta.
Um brilho e um até já.
Ou até sempre.
Estas histórias que gosto de viver e guardar. E saber que em mim foram puras. Acredito que estas histórias nos purificam de alguma forma, fazem-nos descansar deste mundo em correria e de competição. Que se repitam com mais pessoas e mais lugares. Mas sempre de forma simples. Sem confusões que as encham de pó.
À coragem de assim viver! (que este seja um brinde do ano novo que aí vem)
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Definitivamente só queria uma porta que fosse fácil de abrir. E parece que não.
Que tem que haver sempre janelas. E não me apetece mais janelas. Estou mesmo definitivamente cansada de janelas.
Eu quero uma porta caramba! E não quero que me troquem as voltas.
Segundas opções não me convencem.
Que tem que haver sempre janelas. E não me apetece mais janelas. Estou mesmo definitivamente cansada de janelas.
Eu quero uma porta caramba! E não quero que me troquem as voltas.
Segundas opções não me convencem.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Let it all go
Em contagem decrescente, para mais um marco.
A três dias da defesa do meu MBA.
O final de muito esforço, muito empenho, muita aprendizagem, muita descoberta, muitos desafios, algumas pessoas bonitas de forma genuína. Mudar a forma como mudamos o mundo. Enganei-me a escrever esta frase. Queria escrever mudar a forma como vemos o mundo, mas saiu assim, se calhar até faz mais sentido assim.
A acabar uma grande viagem.
Todas as experiências que tive até hoje sempre me deixaram com a sensação que são sempre apenas pequenos começos para o que aí vem. Gosto de sentir este assim também, um fim como recomeço. Já renasço em muitos sentidos agora. Há tantas oportunidades que nem as podemos sonhar. A nossa vida pode mudar tanto e tão depressa. Continuo a adorar que a vida me surpreenda e continuo a preparar-me para que ela sempre assim permaneça.
Há dias como hoje em que ouvimos falar de um golpe de estado lá longe na Turquia e de gente que morre num dia de festa, mais uma vez em França. Sentimos a guerra a aproximar-se de nós. A arrepiar-nos de forma profunda.
Penso que a vida pode ser efémera, e este nosso mundo ou a forma como o concebemos pode mudar de forma mesmo muito rápida, espero que vá mudando para melhor e não à custa de mortes e tragédias.
Era bom que estas palavras chegassem a quem precisa de as ouvir. Era bom viver mais uns tempos de forma serena, construindo os sonhos que trago.
Que a guerra demore a chegar e que a paz não tarde.
A três dias da defesa do meu MBA.
O final de muito esforço, muito empenho, muita aprendizagem, muita descoberta, muitos desafios, algumas pessoas bonitas de forma genuína. Mudar a forma como mudamos o mundo. Enganei-me a escrever esta frase. Queria escrever mudar a forma como vemos o mundo, mas saiu assim, se calhar até faz mais sentido assim.
A acabar uma grande viagem.
Todas as experiências que tive até hoje sempre me deixaram com a sensação que são sempre apenas pequenos começos para o que aí vem. Gosto de sentir este assim também, um fim como recomeço. Já renasço em muitos sentidos agora. Há tantas oportunidades que nem as podemos sonhar. A nossa vida pode mudar tanto e tão depressa. Continuo a adorar que a vida me surpreenda e continuo a preparar-me para que ela sempre assim permaneça.
Há dias como hoje em que ouvimos falar de um golpe de estado lá longe na Turquia e de gente que morre num dia de festa, mais uma vez em França. Sentimos a guerra a aproximar-se de nós. A arrepiar-nos de forma profunda.
Penso que a vida pode ser efémera, e este nosso mundo ou a forma como o concebemos pode mudar de forma mesmo muito rápida, espero que vá mudando para melhor e não à custa de mortes e tragédias.
Era bom que estas palavras chegassem a quem precisa de as ouvir. Era bom viver mais uns tempos de forma serena, construindo os sonhos que trago.
Que a guerra demore a chegar e que a paz não tarde.
sábado, 18 de junho de 2016
domingo, 29 de maio de 2016
sexta-feira, 11 de março de 2016
Gosto de me entusiasmar.
De ouvir pessoas novas, que já viveram tanto. Que vêem tantos mundos dentro deste grande que partilhamos.
Gosto de me entusiasmar com a paixão com que falam e com a sua simultânea não pretensão de saberem tudo.
Há portugueses que vão, há outros que voltam.
Gosto dos que continuam a inscrever no mapa este cantinho, querendo sem arrogância serem os melhores do mundo. Esta forma de pensar apaixona-me!
De ouvir pessoas novas, que já viveram tanto. Que vêem tantos mundos dentro deste grande que partilhamos.
Gosto de me entusiasmar com a paixão com que falam e com a sua simultânea não pretensão de saberem tudo.
Há portugueses que vão, há outros que voltam.
Gosto dos que continuam a inscrever no mapa este cantinho, querendo sem arrogância serem os melhores do mundo. Esta forma de pensar apaixona-me!
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Nunca tinha pensado nisto...
Se pensarmos numa comunidade, população, conjunto de pessoas que moram em um qualquer lugar do mundo.
E pensarmos de seguida nas necessidades básicas...
Sempre me viria à cabeça a saúde. Óbvio!
No entanto, para que esta exista há algumas exigências de base. Água potável, energia.
Nunca tinha visto a energia como uma forma de ajudar as pessoas.
Sei que não é só na área farmacêutica que existem lobbies. Na energia também.
Mas acho que quero começar a descobrir o meu caminho na energia... E percebê-lo como um passo para ajudar o mundo. Neste caso a ser melhor e mais limpinho. Menos poluído.
Tenho sempre que dar estas noções de missão ao meu trabalho não é? Sempre foi assim desde que comecei a trabalhar. Preciso de grandes objectivos para me inspirar. E agora aqui vamos nós.
Está quase esta mudança de vida do dia para a noite.
Que venha por bem. :)
Se pensarmos numa comunidade, população, conjunto de pessoas que moram em um qualquer lugar do mundo.
E pensarmos de seguida nas necessidades básicas...
Sempre me viria à cabeça a saúde. Óbvio!
No entanto, para que esta exista há algumas exigências de base. Água potável, energia.
Nunca tinha visto a energia como uma forma de ajudar as pessoas.
Sei que não é só na área farmacêutica que existem lobbies. Na energia também.
Mas acho que quero começar a descobrir o meu caminho na energia... E percebê-lo como um passo para ajudar o mundo. Neste caso a ser melhor e mais limpinho. Menos poluído.
Tenho sempre que dar estas noções de missão ao meu trabalho não é? Sempre foi assim desde que comecei a trabalhar. Preciso de grandes objectivos para me inspirar. E agora aqui vamos nós.
Está quase esta mudança de vida do dia para a noite.
Que venha por bem. :)
sábado, 13 de fevereiro de 2016
"Não podemos escolher se somos magoados ou não.
Mas podemos escolher quem nos magoa."
Há que fazer boas escolhas e agradecer os infinitos...
domingo, 17 de janeiro de 2016
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Hoje ainda não é o dia em que isto vá acontecer...
Mas quem sabe um dia... :)
Gosto de me pensar assim... Sinto-me mais eu assim do que de qualquer outra forma...
https://www.washingtonpost.com/news/soloish/wp/2015/12/22/why-im-happily-spending-christmas-alone/?tid=sm_fb
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Acho que ando a precisar de "rezar" este texto.
Ano novo, vida nova.
Que venha pelas razões certas e me leve aos sítios certos, às pessoas certas.
Ao caminho certo para mim.
"Check your motive. If you say yes to becoming a manager, think carefully about why you are saying it. Is your primary motive ambition or contribution? Is it about looking good or doing good? If you want power to gratify your ambition, your leadership will be all about you. You’ll fail to cultivate the legitimate trust of your team. You’ll guard your power jealously rather than being generous with it. You’ll obsess over others respecting you rather than doing the right thing. And all of that will hobble your capacity to be bold and decisive. Danny Meyer says that the gift of fire isn’t “power over” it is “power to.” The organization is willing to grant it to you if your intent is to be a steward, not a monarch."
Harvard Business Review
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O discurso... Finalmente a ver a Jessie J a ser mais do que uma imagem bonita.
Gosto de pessoas que são mais do que uma imagem bonita.
E gosto deste acreditar... Aceitar... Resolver...
sábado, 21 de novembro de 2015
Música de casamento
"Wanna pack your bags, Something small
Take what you need and we disappear
Without a trace we'll be gone, gone
The moon and the stars can follow the car
And then when we get to the ocean
We gonna take a boat to the end of the world
All the way to the end of the world
Oh, and when the kids are old enough
We gonna teach them to fly
You and me together
We could do anything, Baby
You and I, we're not tied to the ground
Not falling but rising like rolling around
Eyes closed above the rooftops
Eyes closed, we're gonna spin through the stars
Our arms wide as the sky
We gonna ride the blue all the way to the end of the world
(...)
We can always look back at what we did
All these memories of you and me baby
But right now it's you and me forever girl
And you know we could do better than anything that we did"
Dave Matthews
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Uma música ideal para uma noite de férias... Esta calma. Estes sonhos.
"The dawn is filled with dreams
So many dreams, which one is mine?
One must be right for me
Which dream of all the dreams?
When there's a dream for every star
And there are oh so many stars, so many stars
...
So many smiles
Which one to choose? Which way to go?
How can I tell? How will I know?
Out of oh so many stars, so many stars
So many stars, so many stars"
Which one to choose? Which way to go?
How can I tell? How will I know?
Out of oh so many stars, so many stars
So many stars, so many stars"
domingo, 4 de outubro de 2015
Dar corda a uma caixa de música.
Voltas e voltas até que soa a primeira nota. Muito suave. Muito doce. Numa ópera monumental...
La valse d'Amélie entoa então na ópera de Paris.
O simples e o sofisticado. O humilde e o onoroso. Que se entrelaçam em som.
No fim há sorrisos de quem percebe o momento,
O vermelho vai deixando o seu rasto na cidade (como nos quadros que vi à beira do Sena).
Também os perfumes se perdem no meio da correria.
E onde outrora se ouvia "o murmurar dos vestidos amarrotados", ouve-se agora o burburinho dos turistas misturado com flashes e ipods.
Ser contemporâneo também é construir a história que um dia será contada a alguém para contar os nossos tempos. As vidas que vivemos. Como as vivemos.
E no fim poderão dizer que em alguns aeroportos para celebrar um qualquer dia ligado ao piano foram deixados pianos à disposição de quem lhes quisesse dar vida. Para que se embale as partidas e as chegadas.
Dirão ainda que surgiu uma nova forma de escrever. Como esta que utilizo. Por meio de teclas em vez dos antigos lápis e caneta.
Estes são os tempos que se vão acrescentando à história. Um dia alguém a há-de recontar e repisar estes passos. Percebendo que o aqui e agora pode ser tão relativo. E que os mesmo sitios, as mesmas coisas podem ser vividas e tocadas de maneira tão diferente. Gosto de imaginar que os que a viveram nos vêem a revivê-la e sorriem.
Guardo a música do carrossel que roda e o piscar da torre Eiffel.
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